Um dos meus destaques no É Rock! que será reprisado na quinta-feira é o Son Volt, ícone total do gênero Alt-Country, que lançou esse ano o álbum America Central Dust. Anteriormente a banda havia lançado o elogiado The Search (2007), tocado no programa e repleto de experimentações do country com rock’n’roll.
Desde que formou a Son Volt, o líder Jay Farrar sempre quis soar bem diferente de sua seminal ex-banda Uncle Tupelo. Talvez para evitar lembrar ou para não dar margem para discussões sobre sua tumultuada saída da banda em 1994. Naquele período Farrar e Jeff Tweedy, hoje a frente do Wilco, não conseguiam administrar seus egos justamente quando a Uncle Tupelo estava no auge de sua carreira.
Atualmente mais sereno, Jay Farrar já encontrou a luz do sucesso em terras americanas tanto em sua carreira solo como a frente da reformulada Son Volt.
Com American Central Dust, a banda deixou um pouco a energia de lado para dar mais ênfase as origens de seu principal compositor. As letras estão mais ácidas, cínicas e pessimistas em relação a situação norte-americana. Musicalmente o álbum é bem refinado, daqueles que você ouve várias vezes e não fica enjoado, lembra muito Anodyne (1993) da Uncle Tupelo. Os sons de raiz são evidenciados e mesmo de forma mais sutil, o country rock não é deixado de lado, coroando o Son Volt a carregar consigo a tradição de Byrds, The Flying Burrito Brothers e Litle Feat.
A banda já está na estrada divulgando o álbum juntamente com a Cowboy Junkies.
Jay Farrar unido a Bem Gibard (da banda Death Cab For Cutie) estão assinando a trilha sonora do documentário One Fast Move ou I´m Gone que conta a história de Jack Kerouac e será lançado mês que vem.
Fábio Raposo
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